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ABRSM

O ABRSM é o principal provedor a nível mundial de exames de música e avaliações. Todos os anos, mais de 630.000 candidatos fazem os nossos exames em mais de 90 países por todo o mundo. A ABRSM também realiza cursos de desenvolvimento profissional, workshops e seminários para professores e publica uma diversidade de livros e CDS de música de apoio. Em todas as nossas actividades procuramos motivar e incentivar os alunos e estudantes de todos os níveis. Aspiramos a promover a apreciação da música e o desenvolvimento musical através da realização, e nutrir e melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem de música. Empenhamo-nos pela excelência educacional, pela qualidade e inovação no ensino da música e por satisfazer as necessidades dos formadores de música e dos seus alunos, em todo o mundo. O ABRSM tem mais de 100 anos de experiência e conhecimento da área do ensino da música, e beneficia da autoridade de quatro dos principais conservatórios do Reino Unido:

  • Royal Academy of Music
  • Royal College of Music
  • Royal Northern College of Music
  • Royal Conservatoire of Scotland

O ABRSM oferece:

  • Exames classificados e avaliações
  • Uma estrutura clara e progressiva de medir o desenvolvimento musical
  • Desenvolvimento profissional
  • Cursos, workshops e seminários para professores de música instrumental e canto
  • Publicações
  • Materiais para exames, juntamente com uma grande gama de livros de reportórios adicionais e manuais

HISTORIAL DA ABRSM:

O ABRSM of the Royal School of Music foi fundado em 1889 por Sir Alexander MacKenzie, director da Royal Academy of Music e Sir George Grove, director do Royal College of Music. A sua intenção foi unir as duas instituições para criar um órgão regulador de exames “inspirado por motivos desinteressados para benefício do ensino da música... e que providencie genuinamente um estímulo e um objectivo para um alto nível de realização”. Originalmente intitulado “ABRSM”, o novo órgão foi concebido para disponibilizar uma alternativa imparcial e autorizada relativamente às instituições de exames privadas que se considerava serem mais motivadas pelo lucro do que pelo desejo do ABRSM de promover altos níveis de ensino da música e avaliação. O primeiro Conselho de Governadores sob a direcção de MacKenzie e Grove e a presidência de Lord Charles Bruce, compreendeu indivíduos como Sir Arthur Sullivan (um compositor prolífico, mais conhecido pelas suas colaborações de ópera cómica com o autor de libretos W. S. Gilbert), Sir John Stainer, Sir Walter Parratt, Sir Charles Stanford e Sir Hubert Parry, um compositor coral de renome, mais conhecido pela sua composição do poema de William Blake, Jerusalém. A Sua Alteza Real o Príncipe de Gales (o futuro Rei Eduardo VII) foi um presidente envolvido activamente, realizando reuniões anuais do novo órgão regulador de exames no próprio domicílio, Marlborough House. Sir Hubert Parry delineou os princípios fundadores e objectivos do ABRSM: “Na grande maioria, os fins que se nos validam não são propriamente a atribuição de certificados merecidos… mas sim, dar às pessoas algo em concreto para atingir, oportunidades para se familiarizarem intimamente com os melhores géneros de arte musical, e manter níveis de interpretação e uma atitude de perfeição com respeito à música que lhe permita ser ainda mais frutuosa.”

O Crescimento do ABRSM

Desde o princípio, ao ABRSM foi-lhe imposto um dever pela Carta do Royal College de promover “a cultura e disseminação da arte da Música no Reino Unido e nos seus Domínios”. Por alturas de 1892, a Universidade do Cabo da Boa Esperança convidara o Assoicated Board a realizar exames na Colónia do Cabo. E em 1895, a Austrália, a Nova Zelândia e o Canadá recebiam visitas dos examinadores do ABRSM. Os exames foram introduzidos em Malta em 1903 e nas Índias Ocidentais em 1907. Em 1948, o ABRSM tinha Representantes Locais Honorários na África do Sul, Índia, Paquistão, Ceilão (actualmente Sri Lanka), Malta, Rodésia (actualmente Zimbabué), Chipre, Singapura e Quénia. A popularidade dos exames oferecidos pelo ABRSM aumentou rapidamente durante o século XX. As inscrições anuais totalizaram 30.000 por alturas de 1914 e a sua autoridade ampliou-se para incluir o Royal Manchester College of Music e a Royal Scottish Academy of Music, em 1947. Por essa altura, as candidaturas atingiram os 100.000. Em 1981, o ABRSM realizava exames para mais de 460.000 candidatos por ano, numa diversidade de instrumentos.

Em 1999, o ABRSM lançou um programa de estudos de Piano Jazz Piano e Ensembles e complementou o novo programa em 2003 com a introdução de avaliações para flauta, clarinete, saxofone, trompete e trombone. Mais de 600.000 candidatos realizam actualmente os exames do ABRSM, todos os anos, em mais de 90 países de todo o mundo, incluindo locais tão diversos como Aruba, Omã e Serra Leoa.

Os Examinadores

O painel de examinadores do ABRSM foi constituído originalmente por membros do corpo docente das Royal Schools e indivíduos proeminentes com cargos públicos na área da música. Os famosos compositores Sir George Dyson, Sir Arthur Somervell, Sir Frederick Bridge e Ralph Vaughan Williams exerceram a função de examinadores do ABRSM nos princípios do século XX. Numa Reunião Geral do Conselho em 1937, Sir Hugh Allen descreveu de forma memorável, a gama algo exigente de capacidades necessárias para ser um examinador de sucesso do ABRSM: “(…) a técnica, tanto quanto me dá a perceber, de um Examinador do Conselho compreenderia um talento para aritmética simples, um vocabulário flexível, uma memória sintética, uma caligrafia decente, uma paciência infatigável, um ligeiro poder de descrição, um comportamento afável, um sentido de justiça, preocupação pelos fracos, uma propensão para a lógica, uma voz de ouro, e um modo atencioso”. Os critérios de classificação que os examinadores deveriam seguir para os exames classificados permaneceram notavelmente consistentes ao longo da história do ABRSM, como demonstrado pela seguinte citação de 1948 da história do ABRSM:

“Os candidatos cujo desempenho for considerado pelos examinadores como de nível padrão recebem certificados do Conselho; acima do nível satisfatório de “aprovação”, podem ser atribuídos certificados de mérito; e, no caso de candidatos realmente excepcionais, certificados de distinção. O Conselho não procura, contudo, angariar popularidade através da multiplicação de reconhecimentos e honras fáceis, e tem-se oposto consistentemente a qualquer reconhecimento que possa ofuscar o facto que, ao passar um exame, um aluno ultrapassa apenas um marco mais no percurso do desenvolvimento musical.”